O Digital Object Identifier (DOI) é um identificador único e permanente atribuído a documentos digitais, como artigos científicos, capítulos de livros, relatórios e outros conteúdos acadêmicos. Sua principal função é garantir a localização precisa e estável dessas publicações no ambiente digital, mesmo quando o endereço eletrônico original é alterado. Esse recurso se tornou fundamental para a preservação e disseminação da ciência aberta.
A estrutura do DOI é composta por duas partes principais: o prefixo e o sufixo. O prefixo identifica a entidade responsável pelo registro, enquanto o sufixo é definido pelo editor para distinguir cada publicação individualmente. Por exemplo, em um DOI como “10.1234/abcd5678”, “10.1234” é o prefixo e “abcd5678” é o sufixo. Essa padronização é essencial para a interoperabilidade entre diferentes plataformas e sistemas de indexação científica.
Um dos maiores benefícios do DOI está relacionado à sua capacidade de facilitar o rastreamento e o acesso contínuo a publicações científicas. Ao utilizar uma URL vinculada ao identificador, é possível redirecionar o usuário para a localização mais atualizada do documento, mesmo que o site ou plataforma que hospeda o conteúdo tenha sofrido mudanças. Essa estabilidade promove uma maior confiança na recuperação de fontes científicas confiáveis.
Além disso, o DOI permite a correta atribuição de citações em pesquisas científicas. Ao citar um documento identificado por DOI, garante-se que a referência permanecerá acessível a longo prazo. Essa prática contribui para o fortalecimento da integridade científica e facilita a avaliação do impacto dos trabalhos acadêmicos, uma vez que as plataformas de métricas podem rastrear citações com precisão.
O DOI é gerenciado por agências internacionais, sendo a CrossRef uma das mais relevantes no contexto acadêmico. Instituições editoriais precisam se filiar a essas agências para obter a numeração DOI e registrar seus conteúdos. Esse processo envolve uma série de requisitos técnicos e éticos, como o compromisso com boas práticas editoriais e a manutenção de metadados atualizados.
Por fim, o DOI tem se mostrado uma ferramenta indispensável para a visibilidade e o reconhecimento das produções científicas em um cenário cada vez mais digitalizado. Sua implementação não apenas reforça a credibilidade das publicações, mas também promove uma maior integração entre pesquisadores, leitores e plataformas de disseminação do conhecimento. Dessa forma, o uso sistemático do DOI se configura como uma prática necessária para a evolução da comunicação científica global.